Nascida no Morro do Vidigal e criada pelos avós na roça da pequena cidade de Poté, em Minas Gerais, a chef Alessandra Montagne chegou à França aos 22 anos com apenas uma mochila nas costas e um visto para estudar por seis meses no país. Ao observar o horizonte de Paris do alto da Torre Eiffel, com brilho nos olhos, ela soube que aquele seria seu lugar – mas ainda não fazia ideia de como e nem por onde. Mal imaginava aquela jovem Alessandra que, alguns anos depois, se formaria cozinheira profissional e se tornaria uma chef de prestígio, dona de dois endereços que são sucesso de público e crítica na capital, que é berço da gastronomia mundial: o bistrô Tempero e o restaurante gastronômico Nosso.
Agora, ela se prepara para viver mais um desafio na vida – desafio muito bem-vindo, diga-se de passagem: o de comandar um dos restaurantes do Museu do Louvre. Alessandra faz parte de um seleto coletivo de chefs batizado de “Geração Ducasse”, escolhidos a dedo pelo lendário Alain Ducasse para liderar a empreitada, que incluirá a reforma completa dos espaços até o final de 2024, para que os novos chefs assumam seus postos e desenvolvam suas propostas gastronômicas. O próprio Museu do Louvre deve revelar mais detalhes sobre o arrojado projeto ao longo do ano, à medida que as obras avançarem.
